terça-feira, 13 de julho de 2010

Egocentricidade de um adolescente

Tentar explicar algo como a circunferência do universo em quantidade matemática, pode ser até mais simples e exigir menos conhecimento do que entender um adolescente, ou o amor.
Aliás, o homo sapiens está cada vez mais próximo da evolução de tal conhecimento do universo. Mas sinto em dizer que já em relação a um adolescente, nem mesmo nosso egocentrismo explica.
Um tipo de adolescente como eu que busca um vocábulo longíquo do seu e tenta deixar de lado aquele chulo que te rebaixa de maneira agressiva e irreversivel, suponho que seja difícil de cruzar dia sim dia não em uma esquina qualquer.
O que eu quero é tentar explicar por meio das palavras misturadas as reações quimicas que (in)tencionalmente ocorrem no meu corpo quando arranco lá do fundo explanações pra uma busca imperdoável à palavra mais simplificada possível boquiabertamente vociferada aos meu pais quando me perguntam ou dão a entender que um adolescente é indubitavelmente um conjunto de partículas, moléculas, átomos - que sejam - totalmente de reações inesperadas. Tento explicar todo os dias, ou na maior parte deles, quando minha mãe junta-me agoniosamente rasgando-me por dentro para conversar sobre tal.
Que culpa tenho eu de estar nessa fase e nem ao menos saber o que acontece comigo ou de que atitudes eu poderei ser capaz de minuto em minuto?!
Bom, posso começar pela implicância dos adultos - mesmos criadores da máquina atual mais odiada pelos pais pelo presente fato que irei explicar - com o computador. Pois é, poderia estar me acabando aqui como tal amigo meu que perde algumas horas da pacata e monótona vidinha que condena todos os dias aos jogos de guerra em 3d. Oras, bem que poderia, e porque não estou?! Adolescentes como eu - como destaquei antes não encontrados facilmente com propósito longíquo do normal e que por n vezes são centenas de vezes mais maduros e alojadores de um conhecimento extenso maior do que de um adulto que por muitas vezes insite em discutir com o pobre adolescente por ser menor, e ter menos tempo de vida (que não conta muito) -, tentam explicar então tudo isso no momento em que as batidas do seu coração e as pulsações do seu sangue sobem rapidamente a cabeça a procura dessa palavra, aquela única palavra, e a velocidade da luz pensadas centezas de milhares de vezes antes de serem ditas tentando evitar possível aversão as palavras dos adultos - no caso - chamados de Pais, porque ao ponto de vista deles, sempre terão razão pelo motivo do computador. Refugiam suas explicações e possíveis motivos nessa máquina criada por eles mesmo, só porque sabem que um adolescente é literalmente vulnerável quando exposto a frente de um com total liberdade de acesso e ainda mais se for um daqueles da ultima geração. Oras, chega de por a culpa nos computadores, vamos procurar razões e motivos verdadeiros-como-pais-verdadeiros. Poderia sim, todo adolescente estar acessando a web para ver pornografia que consequentemente causaria reações desconhecidas em tal corpo e trariam o prazer do qual o ser humano é (in)felizmente (in)dependente e assim não parar mais. Mas adolescentes como eu, tem uma insaciável busca pela web por conteúdos que tragam uma pequena fresta de conhecimento para que antes de ser concluída a explicação da circunferência do universo possamos por a limpo algum entendimento lógico, sistemático e verdadeiro sobre nós e pararmos enfim de discussões sobre assuntos supérfluos e irritantes, que mais uma vez inexplicavelmente em alguns adolescentes criam imensa revolta que o mesmo acaba se desfazendo dos seus bens e amigos, põe na cabeça um pensamento óbvio de abandono e que como aprendeu nos jogos que acessava acaba entrando pra máfia. Como você já percebeu, sim, ele se torna mais um dos adolescentes com um futuro previsível se pego por autoridades que quando levantam-a-bunda-da-poltrona acabam fazendo um pequeno esforço pela chula justiça desse pais subdesenvolvido (ir)reversivelmente. Tempo depois, ele é preso por um simples motivo de não ter procurado entender seu egocentrismo e até ter perdido um pouco da noção quando o sangue subiu na cabeça e deixou o pensamento de que aquilo como-vários-já-fizeram-eu-poderia-fazer-também mas esqueceu que era diferente, e não se deu bem. Adolescentes deixam-se levar pelos outros adolescentes sem colocar em questão as diferenças de vida de ambos, as facilidades e adversidades, as culturas e estruturas, e por verem o-tal-amigo-bem-de-vida depois de ter feito tal coisa, quiçá, vai querer fazer também ... se torna o-maria-vai-com-as-outras, mas e daí, contanto que me de bem e esteja com meus brothers.
Isso tudo porque os pais em um momento de curiosidade instantanea decidiram tirar a dúvida muitas vezes proposta sem solução e acabaram tirando a pequena e explosiva paciência do filho adolescente que acabara nesse caminho.
Tudo bem, eu acabei de perder o-fio-da-meada, mas talvez seja só um entendimento meu por não saber explicar comportamentos e situações reais que se encaixam perfeitamente e novamente no assunto não fugindo literalmente do mesmo. Ok, por hoje é só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário