sábado, 18 de setembro de 2010

Lamento-me.

Lamento tanto comigo mesma por ter - talvez - esperado mais do que lhe dispunha, foi mais ou menos como dizem: Demasiada expectativa causa decepção. Lamento muito mesmo por ter perdido muito do meu tempo pensando que seria bom - que você seria bom -, espero que encontre alguém que te mereça. Se é que exista alguém que mereça tão pouca coisa.

Sinto em dizer.


Sinto — quanto te vejo — uma discretíssima felicidade, algo em ti que me trás Paz.
Aquelas sensações bobas de querer que você me note — e me nota. Aquelas risadas espalhafatosas que te fazem pensar que está tudo bem — não está. Sinto em dizer. Preciso de ti, longe, perto, tanto faz. Sinto falta de tudo que a gente tinha, nunca tinha — sido tão bonito — sido assim, tão pra sempre. Nunca foi. Sinto em lembrar que nunca sequer senti o teu arfar pesaroso — sempre quis. Nunca senti sua rispidez tediosa. Nem ao menos a dureza da tua pele visivelmente, boa. Nunca ao menos senti esperanças de que um dia chegarei perto de ti. Mas ainda sinto em te dizer que eu te preciso, você, que eu nem sequer conheço.
Só te peço que desanuvia-me o mais rapidamente, apareça de repente, e me surpreenda. Isso desgostosamente confesso que, me atrairia. Vem, você tem uma hora pra me acalmar e me fazer feliz, dar a minha alma - contundida de sofrimento por outros-alguéns — diferentes de ti — que não mereceram o que de mim dispunha - um pouco do que eu sou capaz de te oferecer. Mas saiba que fica fácil levar tudo isso - a vida - sabendo que você está no mundo, e ao mesmo tempo não.

(...) Não há tempo pra recuperá-la.

Andei notando que ultimamente ando tendo um gosto maior pela água — bom —, só lamento o fato de começar a aprecia-la no seu fim — se estou certa. Já sinto uma enorme falta dela quando não disponível, e temo preagnosticar como será daqui alguns meses — sem ela literalmente. Sim, fará falta, e até que não faça, ninguém se importa.
Penso que, se o outro está esbanjando, ao invés de mim poupá-la e por muitas vezes deixar de usá-la para a preservar, eu vá fazer o mesmo. Assim aproveito enquanto resta quantidade suficiente para submejir-me no banho, deixando-a ir embora enquanto escovo os dentes e por aí vai — não é assim que acontece?
Só penso, que não há ciência e substância existencial suficiente para que possa substituí-la. Não há alimento mais nutritivo e saciador tanto quanto tal. Não haverá ser vivo que sobreviva sem tal. Não há humanidade que prossiga sem se debilitar. Não há tempo pra recuperá-la.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A vida é feita de (pequenos) momentos ...


Sabe, percebo em alguns relacionamentos o porquê de não serem duradouros, motivos simples e fúteis, o ser humano ainda não aprendeu a dar valor às pequenas coisas sejam lá quantas vezes ele já sofrera.

Sinto-me penalizada ao saber de alguns casais que se desfizeram por motivo qualquer, mas eram sim completos. Há sempre entre um dos dois um calhorda e um cético, mas entre os incomuns e opostos é que há a atração. Comigo por exemplo, sempre foi tudo ao contrário, e quer saber, dane-se.

Há inconstâncias que atrapalham em ambos, mulheres sempre com a desculpa da tpm e homens o trabalho, o cansaço. Antevejo eminências com facilidade para os mesmos, o fim.

Se uma piscadinha para relembrar os tempos de paquera não é legal, eu não sei o que é. Se um sms enviado naqueles dias conturbados e fatidiosos anunciando saudade não é legal, eu não sei o que é. Se sair mesmo que cansado, deixando a casa mesmo que desarrumada em casa, para ir nem que for ao cinema em um filme nostálgico esquecendo dos problemas para simplesmente sentir o outro mais perto e poder namorar a sós não for legal, eu não sei o que é. Se quando ele ou ela inventam de 'se fazer' um pouco de inocentes para que aja aquelas brincadeiras maliciosas e tentadoras não for um meio legal de causar risos espalhafatosos e criar um clima gostoso de casal não for bacana, eu não sei o que é. Se sair correndo no meio da casa atrás do outro para fazer cócegas e enche-lo de beijos e abraços não for bacana, eu não sei o que é. Se afagos bonitos e juvenis no ouvido calmamente pensados e ditos não for bacana, eu não sei o que é. Se deixar de lado todos os afazeres domésticos para deitar e dormir com a televisão ligada e os lanches esparramados ao chão não foi bacana, eu não sei o que é. Se deixar um bilhetinho colado na geladeira avisando que 'volto já, saudades' não for bacana, eu não sei o que é. Se sair correndo na chuva como loucos para achar um abrigo a dois não for bacana, eu não sei o que é. Se chorar arfando e susurrando palavras como 'obrigado por existir' no colo do outro não for bacana, eu não sei o que é. Se os mais simples e pequenos gestos não forem significativos à um relacionamento e tudo isso não te fizer feliz, proagnostico à ti, que você não ama. Amar é sentir saudade e sonhar com o par logo que virar pro lado e dormir. É ler um artigo e lembrar dele ou dela. É rir sozinho lembrando dos momentos felizes. É fazer cartinhas. É fazer caretas. É preparar o jantar a luz de velas. É fazer o almoço preferido. É se sentir langoroso ao discutir, é chorar a ponto de perceber tal importância que o mesmo lhe tinha.

Amar é se dar ao outro para completá-lo, é se entregar, assim como tudo em mim, é seu.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Numa quaisquer semana de maio ...

(...) sem a mínima e desejada vontade, estou eu aqui, pra tentar por meio dos meus dedos transpassar meus pensamentos à tela do computador em palavras que possam elucidar um pouco do sentimento que está me carcomidando, causando ar fatidioso cansativo e que me faz proagnosticar uma possível conversa indesejada daqui há algumas horas com a mesma pessoa que está me causando tudo isso. Mas paro por aqui, chego inevitavelmente a conclusão de que não saio desse mesmo lugar por tua causa, não há nada além de ti nos meus pensamentos, eles não deixam, você não me deixa.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O frio chega, e eu sinto um estranho e proibido arrepio que ao mesmo tempo faz-me lembrar de ti.
Minha pele se abre para respirar mais facilmente ao contrário de mim que forçadamente tento-me fechar para que tudo o que está endovenosamente marcado por ti em mim, possas se tornar mais facilmente volátil, para que quando eu precisar, possa me desapegar de ti, sem alguma invetitável dor ou dificuldade. Mas vejo que quanto mais eu tento, mas tu entras em mim, e inevitavelmente me torno mais pussilânime consequentemente precisando mais ainda da tua presença e criando uma maior carência no meu corpo. É tão nostálgico pra mim. Talvez tão bom pra ti. Prenuncio que quando melindro alguma coisa à ti, faço-te prescindir me e faz-me concordar que estou abolinada e pecaminosa.
Obrigada por ser ás vezes tão melancoliosamente chato a ponto de se tonar inesquecível e me fazer tão bem.
Acabei me desviando do rumo ao escrever e perdi o pensamento, incompleto concluo.
Vim tentar descrever um pouco do que eu estou agoniosamente sentindo no meu inferior, no meu sentimental, que me carcomida e causa um ar fatidioso-cansativo ao meu redor e faz com que eu impulsivamente sinta extrema necessidade em desabafar ou ás vezes - acompanhadamente de líquidos aquosos salinos borrando minha make e fazendo-me parecer um ser deplorável - vociferar calmamente pra mim mesma tudo o que está preso lá dentro . Eu preciso como todo e qualquer ser que se torna deplorável ao se ver entrando em um pequeno e inevitável estado de 'amor'. Desabafar.
As primeiras impressões sempre são as que mais marcam ou abalam. Você por exemplo, surpreendeu-me ao me elucidar que não eras a pessoa calhorda da qual eu imaginava ser, que por um erro quase-não-imperdoável considerei-o ser pecaminoso, com falas extremamentes espalhafatosas e assuntos nostalgicamente soporíferos, do qual somente um vergonhoso tempo mais tarde pude e senti-me na obrigação de forçadamente mudar essa suposta avaliação-precoce. Você não tivera tempo de demonstrar tudo o que hoje eu sei que és.
Me desculpa pelas vezes que inocentemente pensei em você como alguém despresível e insignificante, mas que hoje, indubitavelmente faço questão de noticiar ser a pessoa mais formidável que conheci nos últimos tempos. Até me fez abrir um pequeno e imperceptível sorriso exteriormente, mas que no fundo tornara-se de orelha-a-orelha, senti como se você tivesse me feito feliz quando pensara em ti. Você é realmente incrível. Espero poder ter algo e faze-lo criar algo por mim também que possa-se considerar endovenoso, e mais, inacabável.

sábado, 17 de julho de 2010

Mais lindo do que nunca.

Era um dia qualquer, exceto pela presença da chuva inesperada de final de semana com um frio tenebroso que movimentava as folhas das árvores de maneira delicada, somente pra não parar o ciclo natural do vento que escostava no meu rosto e atingia um ponto do meu corpo que segregavam um fluido aquoso salino que se via derramar pela minha face petrificando todo e qualquer músculo ali presente, eu só podia mover meus olhos ... Mas era um friosinho tão bom que me lembrava aquela pessoa ...
Sabe, aquela pessoa que te alegra somente por estar presente no mesmo ambiente onde estás?! Que quando passa deixa aquela essência inesquecível impregnada no ar e no teu pensamento?!
Eu o via todos os dias ... admirava-o boquiaberta e arfava fundo demoradamente estufando o peito, sentindo algo de muito bom por poder vê-lo todos os dias. Eu queria poder me aproximar mas sentia uma contraversão de mim mesma por não tomar nenhuma decisão. Eu sentia que se ao menos tentasse chegar perto dele, iria irreversivelmente falar algo precipitado e com o menor pingo de dúvidas ele iria fazer meu coração se acelerar - sem que quisesse - que todo meu metabolismo iria funcionar em velocidade luz capaz de qualquer coisa que me fosse posta a responder eu iria responder. Perigo. Sou capaz de falar tudo e qualquer besteira assim. Então me via presa sempre á uns cinco metros dele no mínimo. Via-o com seu grupo de amigos todos os dias rindo, aquele sorriso que eu jamais vou esquecer. Ele me fazia levá-lo comigo aonde quer que eu fosse, lembrá-lo até mesmo após fechar os olhos e cair no mais profundo sonho ... ele estaria lá comigo de maneira inatingível da minha capacidade de poder explanar isso, só estaria. Me faria ter vontade de levantar cedo nesse frio só pra poder alcançar meus olhos até ele novamente. Eu não era uma boba apaixonada, simplesmente admirava-o de maneira inexplicável. Não era meu afim, mas eu estava a fim dele por me fazer tão bem, eu o adorava. Estava a fim de sentir o calor dos braços dele me cercando de maneira com que todos os meus sentidos chegassem ao seu ponto extremo e minha pele se arrepia-se, minhas pupílas pudessem oscilar em função do movimento dos meus olhos em direção aos dele, num movimento de eu-não-vou-parar-de-te-olhar, eu não me cansava de olha-lo.
Falava com ele via internet, eu sempre tomava iniciativa, afinal sabia que pra ele eu só era mais uma menina que estudava naquela escola.
Ás vezes deixava passar alguns minutos sem falar nada, são cinco vergonhosos minutos pra mim e pra ele, todos meus pensamentos se esvaniavam naquele momento, eu subtraía até o último possível pra poder puxar-um-assunto. Então, gostava de quando ele começava a falar, ele nem ao menos sabia o quanto me fazia bem.
Na hora da despedida, chamava-o de 'anjo' e ele à mim de 'menina'.
No dia seguinte parecia não me reconhecer, mas eu continuava a movimentar o músculo direito da minha face tornando uma forma de sorriso-de-canto, ao vê-lo.
A cidade era pequena, mas nem assim eu conseguia encontrá-lo em algum outro lugar senão ali, aquele lugar se tornou especial conforme os dias foram passando...
Cheguei um dia, mas ele não estava lá, sempre comentava com minhas amigas sobre ele, sabia conduzir as palavras corretas - para não afetar a minha nem a reputação ou quaisquer ligação que tivessemos - com minhas amigas. Então, com uma enorme vontade de vê-lo novamente sem razão de sentidos, perguntei aonde estivera naquele momento à elas, e a resposta foi totalmente desconcertante: 'Ele foi embora'.
Me tornei totalmente nostálgica naquele instante ouvindo a voz rouca da minha amiga misturada com os ruídos de cochicos do resto da escola, risos, e gritos. Elas perceberam minha quietisse e me pediram o que havera acontecido, como já sabiam, eu o adorava e pela primeira vez havia experimentado o amargo sabor da sua inexistência, senti a falta do seu sorriso. Tentaram desanuviar-me mas eu não queria saber de mais nada, só ele poderia fazer com que eu mudasse naquele momento.
Foi assim, eu não tive mais contato com ele, ele havia ido jogar pra fora da cidade, como uma vez - da qual eu no momento de desconcerto me esqueci - comentou comigo sobre esse assunto.
Tentei afogar minhas lágrimas várias vezem com porres, mas nesse momento de total reelevação e zeramento total de juízo esquecia que as minhas já haviam aprendido a nadar, ou seja, não adiantaria nada tentá-las afogar.
Me davam conselhos como 'siga-seu-coração', mas acho que esse é o pior conselho do mundo, porque ou estava perdido, ou dividido em dois. E o meu não achava mais o seu caminho.
O tempo passou e ele estava tão longíquo de mim quanto eu do mundo. Demorou, mas foi uma maneira de eu abandonar o que ele me trouxera durante aquele um ano. A única maneira foi ele me abandonando, eu não seria capaz.
Tempos mais tarde, me mudei daquela mesma e pacata cidade que pudera me trazer somente alguns momentos de demasiada felicidade, do qual ele estava presente em quase todos.
Me mudei pra uma cidade-capital para prestar vestibular federal, sempre foi o meu sonho.
Consegui passar e lá conheci um outro amigo, que me desabroxou outros sentimentos tão próximos aos que ele me havia demonstrado quanto eu estava dele. Eu não sabia, mas ele estava bem próximo a mim. Namorei o tal cara, e ele me acompanhou a minha formatura, foi em uma noite fria, como aquelas manhãs que me extraíam o fluido aquoso salino, não era muito diferente.
Passou a formatura e a entrega dos meus méritos, que ao chegar na festa me deparei com a mesma e inesquecível face dele, não havia mudado nada. Seu cabelo estava aparado, sua barba mal feita mas do jeito que eu o achava lindo, roupa clara, mas admiravelmente sem aquele sorriso que me confortava.
Ele me viu, eu fiquei olhando pra ele quando tudo o que estava ao meu redor acabava de ficar em um silêncio descomunal, meu coração pulsava rapidamente fraco, meus dedos se entrelaçavam em um sinal de nervosismo, sim, era ele, tanto tempo depois, e estava olhando pra mim.
Ele se aproximou e com uma voz grossa-suave falou: 'Menina?'
Indubitavelmente desconcertada antevendo minha resposta, molhei minha boca entreaberta enquanto pensava em uma resposta propícia que o faria ter certeza de que era eu, então, saiu de mim: 'Anjo!'
Foi quando ele abriu aquele sorriso que transcendia uma luz interior maior que qualquer outra dentro de mim, e me mostrava mais uma vez que era o mesmo e aterrorizantemente lembrava de mim, ou não. Até que falou: 'Lembro de você, como está?'
Olhei para o lado arfando pesado procurando um refúgio mas não querendo sair da frente dele e deixar de sentir a sua essência de Egeo com um cheiro forte. Respondi: 'Lembra? Acho que estou feliz, e você, o que faz da vida?!'
Com o mesmo sorriso que contrastava de maneira incontestavelmente inesquecível com seu conjunto de traje, respondeu: 'Sim, desculpa por te-la deixado. Fui seguir minha carreira, pareço estar feliz?'
Cada vez mais surpreendida, continuei: 'Deixado de que forma? Parece estar bem, o que faz aqui?
Ele serviu uma cadeira a mim, e sentou na outra: 'Te deixei, sem intenção, foi ruim pra mim, você me fazia companhia. Só pareço estar bem agora por tua causa.'
Eu: 'Senti tua falta, mas não pude fazer mais nada... - quando estava concluindo minha resposta, chega sua namorada.
Ela o chama ele se divide entre mim e ela, pois sabia que iria me deixar mais uma vez, mas não tinha escolha, então desanimadamente levantei o meu lábio da extremidade esquerda a uma parte perto do nariz, com que ele pudesse entender que estava tudo bem, em seguida abaixei a cabeça e esperei ele sair.
A festa terminou e eu carreguei aquele momento o resto da noite como algo que teria que ser terminado, fiquei estranha o tempo todo, e todos percebiam.
No dia seguinte, recebi uma mensagem por correio. Parecia ser algo antigo mas que me levou a criar demasiadas expectativas com milhares de centenas de pensamentos do-que-poderia-ser.
E, sim. Surpreendentemente era uma carta. Dele.
A li toda, várias vezes uma tarde inteira, mas a parte da qual eu me lembro é só uma.
'... Eu senti em te deixar porque gostaria de tê-la aproveitado mais, não sei se sentia o mesmo por mim, mas eu te amava, como ainda amo. Só não tive tempo ou talvez oportunidade para te mostrar e poder te fazer feliz. Você foi diferente de todas que eu conheci. Mas saiba que indiferentemente de estarmos juntos ou não, nada irá mudar minha vontade de te querer, e esta noite, você estava mais linda do que nunca, eu te amo minha menina...'
Foi como algo que pudera sugar todo o ar que havia no meu pulmão, fiquei sem se quer poder arfar para desabafar o sentido, as lágrimas que congelavam meu rosto, agora saíam por sentir uma enorme vontade de tê-lo pra mim e sem saber que poderia ter o feito, sentindo aquela incomensurável saudade do seu sorriso e do seu olhar, estando convicta de que sua presença seria eternamente insubstituível ao meu lado.
Mas já estava tudo feito, seria como atirar uma pedra de olhos fechados, porque eu não tive chance de ouvi-lo me dizer aonde o encontrar, e não havia nenhum indício na sua carta.
Mais uma vez fiquei com aquele aperto no peito, mas com aquelas palavras na mão. Palavras que eu jamais vou esquecer assim como jamais vou desistir de encontrá-lo e sempre mais lindo do que nunca.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Egocentricidade de um adolescente

Tentar explicar algo como a circunferência do universo em quantidade matemática, pode ser até mais simples e exigir menos conhecimento do que entender um adolescente, ou o amor.
Aliás, o homo sapiens está cada vez mais próximo da evolução de tal conhecimento do universo. Mas sinto em dizer que já em relação a um adolescente, nem mesmo nosso egocentrismo explica.
Um tipo de adolescente como eu que busca um vocábulo longíquo do seu e tenta deixar de lado aquele chulo que te rebaixa de maneira agressiva e irreversivel, suponho que seja difícil de cruzar dia sim dia não em uma esquina qualquer.
O que eu quero é tentar explicar por meio das palavras misturadas as reações quimicas que (in)tencionalmente ocorrem no meu corpo quando arranco lá do fundo explanações pra uma busca imperdoável à palavra mais simplificada possível boquiabertamente vociferada aos meu pais quando me perguntam ou dão a entender que um adolescente é indubitavelmente um conjunto de partículas, moléculas, átomos - que sejam - totalmente de reações inesperadas. Tento explicar todo os dias, ou na maior parte deles, quando minha mãe junta-me agoniosamente rasgando-me por dentro para conversar sobre tal.
Que culpa tenho eu de estar nessa fase e nem ao menos saber o que acontece comigo ou de que atitudes eu poderei ser capaz de minuto em minuto?!
Bom, posso começar pela implicância dos adultos - mesmos criadores da máquina atual mais odiada pelos pais pelo presente fato que irei explicar - com o computador. Pois é, poderia estar me acabando aqui como tal amigo meu que perde algumas horas da pacata e monótona vidinha que condena todos os dias aos jogos de guerra em 3d. Oras, bem que poderia, e porque não estou?! Adolescentes como eu - como destaquei antes não encontrados facilmente com propósito longíquo do normal e que por n vezes são centenas de vezes mais maduros e alojadores de um conhecimento extenso maior do que de um adulto que por muitas vezes insite em discutir com o pobre adolescente por ser menor, e ter menos tempo de vida (que não conta muito) -, tentam explicar então tudo isso no momento em que as batidas do seu coração e as pulsações do seu sangue sobem rapidamente a cabeça a procura dessa palavra, aquela única palavra, e a velocidade da luz pensadas centezas de milhares de vezes antes de serem ditas tentando evitar possível aversão as palavras dos adultos - no caso - chamados de Pais, porque ao ponto de vista deles, sempre terão razão pelo motivo do computador. Refugiam suas explicações e possíveis motivos nessa máquina criada por eles mesmo, só porque sabem que um adolescente é literalmente vulnerável quando exposto a frente de um com total liberdade de acesso e ainda mais se for um daqueles da ultima geração. Oras, chega de por a culpa nos computadores, vamos procurar razões e motivos verdadeiros-como-pais-verdadeiros. Poderia sim, todo adolescente estar acessando a web para ver pornografia que consequentemente causaria reações desconhecidas em tal corpo e trariam o prazer do qual o ser humano é (in)felizmente (in)dependente e assim não parar mais. Mas adolescentes como eu, tem uma insaciável busca pela web por conteúdos que tragam uma pequena fresta de conhecimento para que antes de ser concluída a explicação da circunferência do universo possamos por a limpo algum entendimento lógico, sistemático e verdadeiro sobre nós e pararmos enfim de discussões sobre assuntos supérfluos e irritantes, que mais uma vez inexplicavelmente em alguns adolescentes criam imensa revolta que o mesmo acaba se desfazendo dos seus bens e amigos, põe na cabeça um pensamento óbvio de abandono e que como aprendeu nos jogos que acessava acaba entrando pra máfia. Como você já percebeu, sim, ele se torna mais um dos adolescentes com um futuro previsível se pego por autoridades que quando levantam-a-bunda-da-poltrona acabam fazendo um pequeno esforço pela chula justiça desse pais subdesenvolvido (ir)reversivelmente. Tempo depois, ele é preso por um simples motivo de não ter procurado entender seu egocentrismo e até ter perdido um pouco da noção quando o sangue subiu na cabeça e deixou o pensamento de que aquilo como-vários-já-fizeram-eu-poderia-fazer-também mas esqueceu que era diferente, e não se deu bem. Adolescentes deixam-se levar pelos outros adolescentes sem colocar em questão as diferenças de vida de ambos, as facilidades e adversidades, as culturas e estruturas, e por verem o-tal-amigo-bem-de-vida depois de ter feito tal coisa, quiçá, vai querer fazer também ... se torna o-maria-vai-com-as-outras, mas e daí, contanto que me de bem e esteja com meus brothers.
Isso tudo porque os pais em um momento de curiosidade instantanea decidiram tirar a dúvida muitas vezes proposta sem solução e acabaram tirando a pequena e explosiva paciência do filho adolescente que acabara nesse caminho.
Tudo bem, eu acabei de perder o-fio-da-meada, mas talvez seja só um entendimento meu por não saber explicar comportamentos e situações reais que se encaixam perfeitamente e novamente no assunto não fugindo literalmente do mesmo. Ok, por hoje é só.

domingo, 11 de julho de 2010



Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas.

Não tem namorado quem ama sem gosta, quem gosta sem discutir, quem curte sem se aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou no meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações, quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozino. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.


Enlou-cresça.






Carlos Drummond de Andrade

Ela guarda justamente o que queremos esquecer.

Tentamos, e achamos que de uma maneira ou de otra, esquecer certas coisas, pessoas, momentos, irá nos ajudar a levar a vida ou a sermos melhores.
Só que nossa alma é a mais sábia e guarda todos estes momentos que tanto queremos apagar de nossas mentes. Ela guarda justamente esses que queremos esquecer... pois ao nosso ver, sempre são desnecessários ou causadores de sofrimentos, mas no fundo são os mais importantes e necessários.

Dear John


[...] Eu me apaixonei por ela enquanto estavamos juntos, e me apaixonei ainda mais nos anos em que ficamos separados (...) com Savannah aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade (...) Tim havia me mostrado que o amor significa pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha [...].


Pra quem já leu e sabe que vale a pena, e pra quem não leu, recomendo o livro 'Dear John'